sexta-feira, 14 de janeiro de 2011


Parentes fazem reconhecimento de vítimas por fotos em Teresópolis (RJ)

Vladimir Platonow
Da Agência Brasil
Em Teresópolis (RJ)

Chuva atinge a região serrana do Rio de Janeiro

Foto 8 de 169 - 12.jan.2011:Corpos de vítimas de deslizamento em Teresópolis; a região serrana do Rio de Janeiro sofre com o excesso de chuva e deslizamentos desde o início desta semana Mais Paulo Cezar/Ag. O Globo

O grande número de corpos no Instituto Médico Legal (IML) de Teresópolis obrigou as equipes de técnicos a adotar o reconhecimento dos mortos por meio de fotografias. Cerca de 50 pessoas estão concentradas em frente ao prédio do IML, em busca de notícias sobre parentes desaparecidos.

As fotos dos rostos dos mortos são mostradas pelos peritos a quem busca informações sobre desaparecidos. Só entram no prédio os parentes que reconheceram vítimas por meio das fotografias.

O prédio do IML funciona ao lado de uma delegacia de polícia e tem capacidade para receber apenas seis corpos. Até o meio-dia de hoje (13), já tinham dado entrada 147 corpos. Outro prédio, em frente à delegacia, teve que ser requisitado para receber os corpos que chegam a todo o momento.

O delegado adjunto de Teresópolis, Wellington Vieira, afirmou que já foram abertas 70 covas no cemitério municipal. A orientação é para que as famílias façam o sepultamento dos parentes mortos o mais rápido possível, com velórios simbólicos por causa do adiantado estado de decomposição dos corpos, sem refrigeração há mais de 24 horas.

Segundo o delegado adjunto, a expectativa é que dobre o número de mortos na cidade, chegando próximo a 300. Vieira aproveitou para desmentir a informação de que uma barragem no alto da serra estaria prestes a se romper, conforme circulou entre a população. Segundo ele, foi feita uma perícia no local e não foi constatado perigo iminente.

Covas

Embora o número total de mortos por causa das chuvas em Teresópolis ainda seja desconhecido, a prefeitura mandou abrir 303 covas no Cemitério Municipal Carlinda Berlim. Segundo o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Luiz Antônio da Costa Jorge, a medida é uma precaução, baseada na estimativa do total de mortos na cidade.

Os primeiros sepultamentos foram de três pessoas de uma mesma família: Eliésia de Ameida (41 anos), o filho dela, Douglas (13), e a neta Larissa, de apenas um mês e meio. Eles moravam no bairro de Santa Rosa e tiveram a casa atingida por lama e pedras. Dos seis moradores da casa, três sobreviveram.

Mais sete cemitérios de cidades vizinhas poderão receber as vítimas das chuvas na região serrana.

13/01/2011 - 16h03

RETIRADO>> http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/01/13/parentes-fazem-reconhecimento-de-vitimas-por-fotos-em-teresopolis-rj.jhtm

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