EUA afirmam que Israel aceitou trégua, mas israelenses falam em ampliar ofensiva
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou nesta sexta-feira (25) que Israel concordou em fazer uma trégua de 12 horas em sua ofensiva militar na faixa de Gaza.
Porém, quase simultaneamente, o Ministério da Defesa israelense emitiu comunicado pedindo às tropas que "se preparem para a possibilidade de que o Exército ordene uma expansão da operação em Gaza muito em breve".
Segundo a BBC, essa trégua de 12 horas ainda está sob consideração.
Em entrevista coletiva, Kerry admitiu que não se chegou a um acordo em torno de sua proposta de um cessar-fogo humanitário de uma semana -- para então, a partir dele, criar um "cessar-fogo mais durável e sustentável". Mas desmentiu informação de autoridades israelenses de que Israel havia rejeitado o plano.
Segundo o secretário, embora Israel tivesse manifestado desacordo sobre trechos da proposta, o texto final não havia sido ainda submetido oficialmente ao gabinete de segurança israelense para aprovação.
Kerry, que está no Oriente Médio para as negociações, apontou o ministro israelense Yuval Steinitz (Assuntos de Estratéfica e Inteligência) por disseminar a informação falsa, atribuindo-a disputas políticas internas.
Porém, jornalistas de diversos meios internacionais informaram ter recebido a informação da rejeição da proposta de quatro ministros diferentes -- que afirmaram que a rejeição pelo gabinete de segurança havia sido unânime.
"É justo dizer que Israel tinha oposição a alguns conceitos, mas isso não quer dizer a proposta [que a proposta tenha sido rejeitada]", afirmou Kerry em uma entrevista coletiva.
"Ainda temos algumas terminologias no contexto da estrutura de trabalho para acertar, mas estamos confiantes de que ela finalmente vai funcionar", disse Kerry. "A realidade diária das pessoas em Gaza e na Cisjordânia, com perdas, lágrimas e luto, precisa terminar."
Não houve uma resposta do Hamas ao plano, mas o grupo radical já havia sinalizado que se oporia à proposta, que considerou muito favorável a Israel.
Em entrevista à BBC, o líder do Hamas, Khaled Meshaal, condicionou a trégua a uma garantia genuína do fim do cerco de oito anos a Gaza.
Kerry anunciou que se reunirá no sábado em Paris com seus homólogos do Catar e da Turquia, e com diplomatas britânicos e franceses, para seguir discutindo uma trégua.
A ofensiva israelense na faixa de Gaza entrou nesta sexta em seu 18º dia, com um saldo de mais de 800 palestinos mortos, a maioria civis. Do lado israelense, o conflito deixou 36 mortos, a maioria soldados. (Com "Haaretz", "Guardian" e agências internacionais)
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Renanvpp
31 minutos atrásNossa, demitam o estagiário que fez o título da matéria. Dois erros de concordância num título? Volta pra escola!
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