segunda-feira, 21 de abril de 2014

Polo Espacial Gaúcho lança nanossatélite em junho

Artefato foi desenvolvido em Santa Maria está pronto para ser colocado em órbita

Polo Espacial Gaúcho lança nanossatélite em junho<br /><b>Crédito: </b> Fernando Sobroza / Divulgação / CP
Polo Espacial Gaúcho lança nanossatélite em junho
Crédito: Fernando Sobroza / Divulgação / CP
O Polo Espacial Gaúcho se prepara para colocar no espaço o primeiro nanossatélite produzido no Estado: o NanosatC-BR1. O artefato, que foi desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), teve a fase de testes concluída no Brasil e está a caminho da Holanda para nova etapa, antes do lançamento na Rússia, em 19 de junho. Trata-se de uma iniciativa do Estado, em convênio com empresas de tecnologia, universidades, Forças Armadas e institutos científicos. Tem como âncora a AEL Sistemas, especializada no desenvolvimento de soluções em defesa.

O secretário estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, destacou a importância do projeto: “Esse primeiro nanossatélite totalmente gaúcho mostra a capacidade dos nossos pesquisadores, e nada mais justo do que a secretaria auxiliar na busca de investimentos para ampliar cada vez mais o nicho de atuação desses profissionais e elevar o nível de desenvolvimento do Estado”, assinala. Para auxiliar, a Pasta tem fomentado as pesquisas em universidades, articulado a busca de recursos e investido para a formação e capacitação de recursos humanos na área espacial.

Segundo o gerente do projeto no Centro Regional Sul (CRS/Inpe), em Santa Maria, e coordenador do Programa NanosatC-BR, Nélson Schuch, a união entre Inpe, UFSM e secretaria não para nesse primeiro artefato. “Já estamos com o segundo nanossatélite — o Nanosatc-Br2 —praticamente pronto. Ele foi desenvolvido na UFSM e já está na sede do Inpe, em São José dos Campos. Faltam apenas as cargas úteis e o artefato poderá ser lançado imediatamente. A previsão é 2015”, projeta. Para a etapa de conclusão, Prodanov negocia com o Ministério da Ciência a liberação de R$ 1,25 milhão.

O secretário esteve em Santa Maria para conhecer as instalações da sede do Inpe. Um dos espaços visitados foi o Centro de Rastreio e Controle do nanossatélite. Segundo o chefe do Centro Regional Sul (CRS/Inpe), Adriano Petry, o local é responsável pela comunicação com o artefato. “Uma coisa é o satélite ser lançado em órbita, outra é a estrutura necessária na terra para que ocorra a comunicação com o nanossatélite”, diz. A sede do Inpe em Santa Maria já tem uma unidade instalada. “Nossa estrutura permite rastrear uma grande quantidade de satélites, não apenas os que desenvolvemos.”

Estudo espacial
O NanosatC-Br1 é um pequeno satélite científico, de pouco mais de 1 quilo, e o primeiro cubesat desenvolvido no país, produzido em parceria do CRS, do Inpe e da UFSM. A Ufrgs e as empresas Emsisti, Innovative Solution in Space e Lunus Aeroespacial também estiveram envolvidas na preparação.

O invento comportará dois instrumentos, um magnetômetro e um detector de partículas de precipitação para o monitoramento, em tempo real, do geoespaço para o estudo da precipitação de partículas e de distúrbios. Com isso, será possível determinar os efeitos em regiões como a da Anomalia Magnética no Atlântico Sul (Sama) e do setor brasileiro do eletrojato equatorial. A Sama é uma “falha” do campo magnético terrestre nesta região, que fica sobre o Brasil. Como consequência, há maior risco da presença de partículas de alta energia, que podem afetar as comunicações, as redes de distribuição de energia, os sinais de satélites de posicionamento global, como o GPS.

Fonte: Correio do Povo
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=522375

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